sábado, 22 de agosto de 2015

O poeta dançarino


Certo dia aconteceu um evento num dos campus de uma grande universidade pública. Como era recital poético, um professor poeta que pertencia o quadro de funcionários ficou indignado por não ter sido convidado para apresentar suas poesias. E chega na sala de aula reclamando:
_ Como pode? Eu sou poeta e ninguém me convida! Eu também não venho!
Estudantes gostam de novidades e logo incentivam:
_ Não, professor, venha! Quem sabe alguém faça uma homenagem ao senhor... Nós queremos conhecer as suas poesias... 
_ É... acho que vocês tem razão! Eu virei... Quem sabe me dão uma chance?

 Foi para o evento com ar aborrecido. Percebeu que não teria nenhuma homenagem. Era  um convidado declamava de cá outro de lá. O professor, cansado,  levanta-se da plateia e começa a declamar uma poesia de protesto, e para delírio dos graduandos, à medida que recitava ia tirando  um peça da roupa e dançando pelo auditório. Após tirar o sapato, chapéu, meia, camisa e jogando no chão.  E retira o cinto e abre a calça e ao começar a tirá-la... a poesia acabou. 

                                                E. Amorim

Ps: Só assim conhecemos o lado poético daquele grande professor.




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